sábado, 18 de julho de 2009

ENERGIA PSIQUICA


O termo ENERGIA têm diversos significados,mas em sua essencia,ele significa sempre a mesma coisa: Um processo de transformação.

Mas o que é energia psíquica, finalmente? Não é impulso ou capacidade física simplesmente, ou a adrenalina que consumimos no dia-a-dia. Energia psíquica é uma energia especial que nos traz entusiasmo, jovialidade, alegria genuína e expectativa otimista. É vivacidade mental, felicidade no coração e espírito fortalecido na fé e na esperança.

A energia psíquica provém de 30% de fonte física ou bioquímica e 70% de fonte psicoemocional. O balanço entre a formação desta energia e o seu gasto vai determinar nossos estados emocionais de alegria de viver ou de infelicidade.

Se nos sentimos desernegizados, a primeira providência é diagnosticar as razões de nosso maior dispêndio de energia psíquica, que frequentemente estão relacionadas às nossas atitudes mentais frente a determinados eventos da vida, fatores de personalidade e fatores espirituais vulnerabilizadores.

De nada adiantará recorrermos somente às fontes físicas e bioquímicas da nossa psicoenergia, ingerindo antidepressivos, estimulantes e fatores neurotróficos como suplementos nutricionais e hormônios. É essencial efetuar mudanças em nós mesmos, em nossos valores e na forma de encarar a vida, até desenvolvendo a religiosidade, se for o caso.

A concepção que temos da vida, de nós mesmos, das outras pessoas e dos valores mais importantes constituem as crenças centrais de nosso ego, que irão definir os nossos pensamentos, estados de humor e comportamentos e a consequente resposta do ambiente. Se a nossa energia psíquica está esvaindo-se é porque alguma coisa não está certa nestes fatores. Há alguns ralos que precisamos identificar.

Um dos principais ralos psicoemocionais que existem é a perda de sentido da vida, sobrevindo uma sensação de estagnação ou vazio. É preciso compreender que a noção de propósito de vida é por nós construída e não cai em nossas cabeças como um raio ou graça divina. Mesmo na desesperança de um campo de concentração pode-se ter um sentido de propósito, como nos ensinou o psiquiatra Viktor Frankl, quando devotou o seu tempo e a sua mente ao socorro dos companheiros de infortúnio. O sentido da vida precisa ser renovado, reavivado e reorientado constantemente, estando muito ligado aos nossos valores mais profundos. Isto motivou Karl Gustav Jung, o criador da Psicologia Profunda, a relatar que não encontrou nenhum analisando com mais de 40 anos, cujo maior problema não estivesse ligado à religião e à religiosidade.

Outro importante ralo psicoemocional é estar sempre com medo de decepcionar as pessoas. É importar-se demasiadamente com o que os outros vão pensar de nós. Aqui é parar de aceitar e cumprir as expectativas que os outros têm a nosso respeito. É libertar-se, aceitar-se, ser o que é.

Não conseguiríamos enumerar todos os ralos psicoemocionais decorrentes de nossas personalidades frágeis e desadaptadas e de nossos valores equivocados. É necessário esforço de análise e mudança. Contudo, permanece a esperança de que é possível resgatar nossas fontes energéticas e voltar a reencontrar a primitiva alegria de viver que um dia já experimentamos. Basta constatarmos onde, no passado, perdemos contato com a vida e com nossa natureza original.

domingo, 12 de julho de 2009

COMEÇANDO Á CAMINHAR...



Entardecia.
A ansiedade latejava nas minhas têmporas,transformando-se em pequenas gotas de orvalho que umedeciam as minhas mãos.
Eu aguardava a Grande Mãe,para dar os primeiros passos pelo Caminho.
Tinha ouvido Seu Chamado e estava pronta,iria iniciar a boa luta e vencer meus monstros.
Quando Ela surgiu,fechei os olhos e tremi de medo,mas um amor infinito me invadiu quando Ela me tocou a face.Este sentimento,num crescente,abarcou á tudo e á todos e se expandiu até encontrar os recônditos da minha alma.
Pude,então,compreender,perdoar e amar a menina e a adolescente que fui e a mulher que sou.
Agradecê-las por ainda estarem lá,esperando por esse reencontro.
Escutar as suas queixas de abandono e saber que estavam com a razão...há muito eu as havia esquecido.
Olhar suas faces claras e ama-las.
Olhar suas faces escuras e amá-las.
Foi o meu primeiro passo...O resgate de mim,do meu eu menina e do meu eu mulher.Do meu eu fêmea e mãe.
Das minhas múltiplas faces.
E nesse momento renasci,inteira e íntegra,de mim mesma.
A Grande Mãe sorria para mim e dancei para Ela,radiante de alegria.
A luta havia começado e eu ia vencer.
Eu sou uma filha da Deusa!